quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Dez Anos

Há exatamente dez anos – em 28.11.2008 – entrei num avião rumo à Leipzig, imaginando que voltaria depois de um ano para procurar um emprego melhor em São Paulo. Tudo muito certinho e definido como jovens adultos (daqueles chatos) costumam fazer. Hoje me parece bastante óbvio que as coisas tomaram outro rumo. Mas este seria o enésimo post falando de como não controlo absolutamente nada do que julgo controlar. Então, deixemos esse problema de lado. Desde então muita coisa mudou, a cor do cabelo (deixaram de ser vermelhos), o peso (toda senhora respeitada ganha uns quilinhos), a forma de ver o mundo, as cidades, o país, meu gosto por Milan Kundera ou a superstição pelo número três ou sete. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Tempos estranhos


Acabei de botar um ponto final no Fazit (na conclusão) da minha dissertação. Três anos depois dessa foto aí de cima, em uma outra cidade, 533 páginas depois e muita água corrida embaixo da ponte. Foi o ponto final mais estranho dos últimos meses, cheio de alívio e dúvidas. Ainda terá muita dor de cabeça pela frente, correção gramatical, primeira avaliação, alterações e remodelações de capítulos e mais uma maratona de estudos até a prova oral. Ainda assim, foi um marco importante. Uma das loucuras mais sãs dos últimos anos. Foram tempos conturbados, uma avalanche emocional, fim de tese, a elaboração de um plano de seminário para o verão, as bizarras eleições no Brasil. Ao tentar sair por instantes da bolha acadêmica, para aliviar a pressão da pesquisa, dava de cara com a histeria conservadora tomando conta do mundo. E enfiava a cara nos artigos novamente.