domingo, 25 de outubro de 2020

Partiu pro Paraguay!

Cada um lida com suas perdas como pode. Os Cazzamattas, muitas vezes, enfrentam dores com piada. Quando as lágrimas caem, alguém tira alguma besteira fenomenal da cartola para transmutar o choro em gargalhada. Então, a pessoa que fez a graça também se emociona e as horas seguem nessa mistura de piadas, anedotas, angústias e preocupações. Típica situação dos nossos velórios, dos mais traumáticos pelo menos. Não é difícil traçar as origens desse lado tragicômico da família, bastava olhar pro “capo” (carinhosamente atribuído ao Sr. Júlio Cazzamatta). Ele merecia um velório de pelo  menos 72 horas de piadas. Netos e filhos recontando histórias e polêmicas das mais diversas perspectivas (Covid de merda). Não darei conta aqui, somente na compreensão de neta, de recontar toda sua figura complexa e caricata. Precisava ter ao meu lado todas as outras pessoas que conviveram com ele pra remontar esse quebra-cabeça. Natural de Salto de Itu... Ops, quem o conheceu que complete a frase: “Salto de Itú é o seu c...”. Spoiler: se você não gosta de palavrão, pare de ler o post nesse preâmbulo introdutório. É muito difícil reconstruir histórias de Júlio Cazzamatta com uma linguagem educada. Mas prometo que tentarei. Logicamente só narrarei aqui os causos mais ou menos publicáveis. Acabo de escutar sua voz: “Rê, vai cagar”.