sexta-feira, 19 de abril de 2019

As chamas da Notre Dame

Estava em uma reunião com alguns amigos segunda-feira à noite aqui em casa (filme, massa, bate papo), climão pacato dos tediosos dias de semana. Um pouco antes de dormir chequei minha timeline do Facebook. Posts do incêndio da Notre Dame jorravam numa velocidade maior que a do próprio fogo – BBC, Guardian, Folha, Estado, El País, SZ, FAZ e mais uma imensa lista de veículos compartilhando a tragédia. Aquilo mexeu comigo sem aparente explicação e para reprimir o que não queria trazer à tona, passei a analisar os fatores noticiosos. Surpresa, imprevisto, dano extremo, proximidade cultural, alto fator emocional, acidente em uma “nação de elite”. São as regras do jogo midiático. Ponto. Walter Lippmann diz amém. 

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Nova Zelândia: Em busca dos Kiwis na Ilha Sul

Uma overdose de natureza, trilhas, geleiras e esportes radicais no pedaço mais selvagem do país do kiwi

Não é muito fácil ver um kiwi. Não a fruta, mas o pássaro kiwi, que é o símbolo nacional da Nova Zelândia. O bicho tem aspecto engraçado, parece uma bolota peluda com um bico fino e alongado. Ele não voa, é muito arisco e só gosta de sair à noite. Apesar da timidez, o kiwi não tem nada de bobo, pelo menos, sabe escolher muito bem um lugar para morar. Habita os parques nacionais da Ilha Sul da Nova Zelândia, a região mais bela e selvagem do país, onde a natureza foi criativa ao desenhar picos nevados, praias, geleiras gigantes e fiordes (estes últimos só para dar um toque norueguês à paisagem neozelandesa). Para mim, o kiwi é, sobretudo, um privilegiado.