Füssen e seu magnífico castelo que inspirou Walt Disney
O castelo que inspirou o da Cinderela, de Walt Disney |
A Baviera foi um reino independente do restante da Alemanha até 1918. Os principais vestígios reais da região estão nos projetos alucinados e soberbos do jovem rei Ludwig II que chegou ao trono em 1864, aos dezoito anos, cheio de ideias mirabolantes. Seu primeiro plano surreal foi uma das obras mais bem sucedidas do turismo de massa do estado – a Castelo Neuschwanstein, na pacata cidadezinha de Füssen, a 125 km de Munique, ou duas horas de trem. É um passeio bate-volta para 99% dos visitantes.
Burgo Hohenschwangau, em Füssen |
Nos arredores do burgo Hohenschwangau, onde passara parte de sua infância, Ludwig II assistiu cuidadosamente à construção do seu sonho do outro lado da montanha. Curioso é que ele procurara a solidão, um local tranquilo e idílico para mergulhar na encenação de um passado da ordem de cavaleiros medievais. As obras iniciaram em 1869, mas nunca foram finalizadas, assim como todos seus outros empreendimentos. Mesmo assim, o legado dessa alucinação recria ao mundo a mitologia germânica operacionalizada pela sobras de Richard Wagner. A sala dos menestréis, por exemplo, foi concebida para alimentar a fascinação do rei pelo compositor e pelas ordens de cavalaria. Os afrescos do conhecido cômodo ilustram cenas da ópera Tannhäuser. No mês de setembro, é possível assistir ali a concertos diversos. A admiração pelo maestro também é notada no quarto do rei, ocupado pela cama em estilo gótico e decorado com cenas do clássico Tristão e Isolda.
Paisagem dos lagos que circundam os castelos em Füssen |
A paisagem cênica para a realização dessa fantasia não poderia ser outra. Para fotos de tirar o fôlego, o melhor local é a ponte Marienbrücke (Ponte de Maria) de onde se avista o castelo medieval cravado nas montanhas circundadas por lagos azulado. Não é exagero dizer que esse é o castelo mais bonito do mundo. Tanto que serviu de inspiração ara Walt Disney criar uma cópia para a usa Cinderela.
Como tudo por aqui parece um conto de fadas, as lendas e os mistérios se proliferam, inclusive sobre a sanidade do soberano. Embora Ludwig II tenha sido diagnosticado, à época, como esquizofrênico, há historiadores que acreditam que o médico responsável pelo diagnóstico talvez tenha exagerado, fazendo Ludwig parecer mais louco do que realmente o era. Seria uma manobra política para evitar que os passatempos dispendiosos da majestade não levassem o reino à falência. Desvairado ou não, Ludwig marcou a história, e consequentemente o turismo na região, em uma grande jogada de marketing local.
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