Sempre quis fazer uma viagem sobre duas rodas, mas achava que seria uma catástrofe na certa. Bem, apesar dos contratempos (post abaixo), finalmente consegui pedalar 90 quilômetros em um dia e meio, de Mainz até Koblenz. Saiba mais Aqui! Logo eu, que achava essa ideia meio sem pé nem cabeça. Mudei de opinião! Mas antes de você desistir desse post e dizer baixinho (ou em alto e bom tom mesmo) coisas como “nem morta” ou “nem que me pagassem”, tente se perguntar: se um monte de alemães de idade avançada fazem o trecho de bicicleta, por que nós também não conseguiríamos? Vale mesmo o esforço? Esses cinco motivos devem convencê-lo.
1. Trata-se de um dos trechos mais bonitos da Alemanha
Entre as trilhas de bicicleta do país, a do Vale do Reno é uma das mais belas. E muito melhor: é praticamente plana. Aprendi acidentalmente com uma amiga alemã que é melhor seguir o curso do rio (ou seja, morro abaixo, lógico), então de Mainz a Koblenz e não o contrário. Quem quiser encurtar uns 30KM pode começar a jornada em Bingen, onde o trajeto começa a ficar cênico, quase que na beira do rio Reno mesmo. A paisagem é tão bonita que mal percebemos que estamos fazendo exercício. De tão belo torna-se melancólico. Resumindo, é uma excelente ginástica para a mente também. Reflexões com a brisa no rosto! Em alguns momentos, dá para ver os barcos na água, as bicicletas nas trilhas às margens do rio, a estrada à esquerda e os trilhos do trem. Mobilidade não é mesmo o problema. Mas, a dica é desacelerar e percorrer o tortuoso curso do rio lentamente.
2. Você pode fazer paradas em todas as vilas pitorescas ao longo do caminho
Se estivesse à bordo de um barco, você estaria vendo tudo às margens. Literalmente da janelinha. A bicicleta nos dá a liberdade de conferir todas as mini vilas ao longo do caminho. Entramos para dormir, por exemplo, em São Goar, uma cidadezinha do século 6. Nada mais pitoresco como aquelas ruelas de paralelepípedo que conduzem ao burgo no topo da colina, relógios-cucos de madeira e cafés bem charmosos ao lado do rio. E mesmo tendo pedalado uns 60 Km, ainda subimos a pé até o castelo para tomar uma taça de vinho e conferir a vista. O que foi responsável pelas câimbras noturnas, mas valeu cada passinho!
3. Há
diversas vinícolas e menus degustação na cidadezinhas esperando por você
Para quem gosta de vinhos, a região é um prato, ops!, um copo cheio! Durante o caminho avista-se inúmeras vinícolas no topo das colinas. O comércio de vinhos por aqui é responsável pela renda de pelo menos 6 mil famílias na região e movimenta 2,5 milhões de euros. Os melhores são os brancos Riesling, Müller-Thurgau e Silvaner. Procure alguma degustação oferecida pelas vinícolas, de preferência no fim do dia! :) Para aqueles que não quiserem misturar esporte com álcool, uma boa ideia é fazer a degustação no fim do trajeto em Koblenz, cidade em que o rio Reno encontra o Mosela. Mas a bebida também pode servir para amortecer os músculos cansados! Por que não?
4. Nenhum
outra região concentra tantos burgos e castelos
Dá até para brincar de contá-los no caminho. Vamos dizer que é um toque final humano no cenário natural. Do Rheinfels, em São Goar, dá para ver as construções da outra margem como os burgos Katz e Maus. Muitos são museus, restaurantes ou hotéis. E apesar de ser impossível entrar para conhecer todos, dá sempre para analisar o visual arquitetônico de cada um. Quem passar de Koblenz e continuar a jornada sentido Colônia, verá ainda muito mais.
5. Fotos quando der na veneta.
Descansar também pode ser uma desculpa para clicar as paisagens mais bonitas. Em alguns pontos há até um desvio da trilha com esta função. Depois, é só sentar na beira da água ou nos bancos espalhados pelo caminho e deslumbrar o vale e seus encantos. O último clique fica reservado para o Deutsches Eck (ou o canto alemão), ponto exato que o Reno encontra o Mosela, em Koblenz. Observe como a tonalidade da água é diferente! Do barco, do trem ou da janela do carro não daria para se sentir tão parte de tudo isso!
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