Lista de Whiskies do Galander-Bar Academy |
Single Malt, blended Scotch, blended Irish, Bourbon, Rye ou Tennessee? E porque não um single malt japonês? Encher a lata está ficando cada vez mais complexo nesse mundo globalizado. Então se você é bom de copo e ainda curte aprender coisas novas, nada mais indicado que esta degustação da Galander Bar Academy em Berlim. Além de conhecer os diferentes tipos da bebida e suas destilarias, encontramos outras marcas além daquelas mais comercializadas em supermercados e duty frees. Há um mundão a ser descoberto além dos Johnnie Walker, Jack Daniels, Talisker ou Laphroaig!
O Galander Bar
Ao lado do bar, a loja e espaço para degustação em Kreuzberg |
Com quatro unidades na capital alemã, a casa organiza à risca toda a degustação, com a listagem dos quinze whiskies a serem experimentados, além de um gráfico de sabores – picante, defumado, caramelizado, maltado e por aí vai. Durante quatro horas aprendemos um pouco sobre o processo de destilação, composição da bebida e como explorar o aroma. Dica: nunca leve o copo direto ao nariz como nos vinhos, pois o álcool entrará entupindo as narinas. Gire somente o copo abaixo do queixo e deixe que as notas aromáticas exalem aos poucos. Ninguém é especialista e mesmo os mais beberrões só reconhecem um ou outro termo, portanto não tenha receio. O ambiente é fino e peculiarmente dominado por homens. Eu era a única garota da sala, sabe-se lá o porquê! Mas vamos ao que importa. A viagem de sabores é organizada em três blocos:
Mapa de sabores e notas do whisky |
Blended Whisky
Visão, olfato e paladar a postos |
São cinco provas dessa categoria de whisky de grãos. Curioso é o adocicado do Glayva, na realidade um licor de whisky. Até aqui nenhuma grande novidade. Todos os clássicos estavam representados como a linha da Johnnie Walker (um blended scotch) e os Jameson (um blended irlandês). Interessante foi provar o Nomad “Outland”, um scotch especial, envelhecido um ano em barril de vinho do porto e provindo da Espanha (!). Por isso, o “outland”. Os mais conhecidos dos blended são os irlandeses, embora o país também produza single malts. Por volta do ano 1800, havia na Irlanda mais de 2 mil destilarias e até 1919 produzia-se no país pelo menos 400 tipos diferentes da bebida. Típico do irlandês é a destilação (tripla) do tipo Pot Still (destiladores de cobre tipo alambique).
- Principais destilarias irlandesas: Cooley, Kilbeggan, Old Bushmills. Marcas: Tullamore, Redbreast, Midleton, Bushmills, Jameson e Tyrconnell.
E para acompanhar, um pouquinho de música irlandesa, né? Para relembrar os velhos tempos!
Os americanos: Bourbon, Tennessee e Rye
Tennessee antes e depois do processo "Charcoal Mellowing" |
Há quem torça o nariz para os whiskies do novo continente, mas há uma série de regras para a produção e garantia da qualidade dos ditos americanos. Um Bourbon (Bulleit ou Evan Williams), por exemplo, deve ter no mínimo 51% de grãos do milho até um máximo de 79%. O Tennessee (Jack Daniel´s) também contém 51% de grãos de milho, mas se diferencia ao passar pelo processo conhecido como “charcoal mellowing”, em que a bebida percorre uma camada de três metros de carvão de madeira. Por fim, o Rye (Bulleit) apresenta pelo menos 51% de centeio. E nada de coloração ou aromas artificiais. Em geral, possuem destilação dupla, primeiramente de forma continua e depois por Pot Still.
- Principais marcas: Jim Beam, Maker´s Mark, Woodford, Elijah Craig
Essa aqui tem que ser ao som de Johnny Cash!
Single Malts
E o número de copos cresce! |
Os singles são 100% compostos por cevada maltada e produzidos com água geralmente de fonte própria. Com exceção dos Auchentoshan apresentam dupla destilação (pot still) e devem ser amadurecidos por pelo menos três anos na Escócia. A novidade nessa etapa foi um single malt da Bavária, o Slyrs, com tons frutados, levemente maltado e defumado. Não se compara com os escoceses – Glenmorangie, Glenkinchie ou o Ardberg –, mas está valendo. E para quem se perguntar porque um monte de escocês começa com Glen, a palavra significa “vale” em gaélico.
- principais marcas: Glenlivet, Glenmorangie, Glenfiddich, Ardberg, Dalwhinnie, Balvenie, GlenDronach
Mas, acabou?
Sala de Degustacão |
São quinze doses, o que é relativamente problemático de aguentar. Por isso, é muito aconselhável só experimentar e realmente beber os favoritos. Apesar da grande quantidade, fiquei decepcionada em não experimentar um single malt japonês. Segundo nosso expert, o preço da degustação extrapolaria se os orientais participassem da festa. Então ficará para próxima! Também senti falta de um Auchentoshan, pela tripla destilação, mas esse eu tomo aqui em casa! E pra fechar a parada toda, há uma prova cega, que eu vou dedurar aqui! Era um single malt irlandês!
Ps.: o melhor aprendizado de tudo isso? A garrafinha amarelada de apocler fica bem menos nojenta se misturada ao sal de frutas borbulhante!
Ps.: Outros post sobre bebedeira:
Vinhos na Alemanha Central
Degustação de Vinhos Alemães
Vinhos na Toscana
Como tirar uma pint de Guinness?
Restaurante Anna Amalia
O Vale do Douro
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