domingo, 1 de setembro de 2013

Polônia- Leste Europeu: Cracóvia e a Praça Rynek

Sim, trata-se da praça medieval mais bonita do mundo! Há quem discorde, mas a organização americana “Project for Public Spaces” parece concordar com o status da Rynek, que recebeu a melhor nota no quesito. Esta era a segunda vez que aterrissávamos em Cracóvia, a bela capital cultural da Polônia. Mas, desta vez, estávamos decididos a encontrar um pequeno café em alguma lateral da praça, o mesmo que há seis anos nos acolhera no gélido inverno.
Pouca coisa ficou na memória, a deliciosa sensação de estar aquecida, aconchegada em um local pequenino com no máximo cinco mesas, repletas de dumpling (aquela massa recheada típica) e um precinho bem do camarada. Chequei cada estabelecimento por lá, um a um. Nada, nenhum rastro do local. Olhei com rancor a Starbucks lá no meio. Nada contra, mas não combina. Não ali! Só porque o país entrou para União Européia, não precisa abrir a rede mais mainstream de café do mundo bem na Rynek.
Nosso cafezinho e suas lembranças foram liquidados. Tivemos que substituí-lo. Encontramos o restaurante Pod Gruszka, no segundo andar de um prédio, na esquina da praça. Estava vazio para um domingo à noite e conseguimos pegar a melhor mesa, à janela. Jantar com vista para a praça do mercado iluminada, cheia de carruagens brancas e o pavilhão renascentista, que ferve cheio de artesanato ao longo da tarde! Daria para ficar horas ali admirando o fim do dia.
Mas não sabíamos que, poucos meses depois de deixarmos a cidade, ainda naquela nossa primeira visita, escavações surgiram pela praça e perduraram quase quatro anos. Agora dá também para perambular pela área subterrânea do mercado, em uma exposição ultra interativa que leva os visitantes para os tempos do comércio medieval. Além de ossadas da época da guerra com a Suécia, há moedinhas da época, sapatos de mercadores (ou o que sobrou deles) e todo tipo de instrumentário dos antigos mercadores.
Para admirar a praça à luz do sol, nada como o terraço do café do museu de história de Cracóvia. Do alto, o vai e vem de pessoas, turistas, músicos e crianças correndo em frente a pontuda Igreja da Maria, além da fila de carruagens esperando pelo próximo passeio. Tudo, com uma docinha tortinha de limão. Tudo tão belo que nem os nazistas tiveram coragem de destruir como fizeram com Varsóvia. De tão estrondosa, a rebatizaram como Praça Adolf-Hitler. Uma ofensa! 


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