quarta-feira, 11 de maio de 2016

Vinícolas na Alemanha Central — Turíngia: Bad Sulza



 Escrever sobre turismo é uma delícia, mas é bastante difícil vender textos que fujam um pouco dos roteiros Roma-Paris e Nova- York.  Na Alemanha, por exemplo, recebem bastante atenção dos turistas-leitores rotas como Berlim, Munique, Frankfurt e o Vale do Reno. Tudo bem, estes destinos valem inegavelmente a viagem, mas há tantas outras regiões cheia de atrações culturais e turísticas, como a desconhecida Turíngia!, que decidi criar uma série de posts ao longo do verão europeu sobre a região. Já consegui emplacar uma matéria sobre Thüringen, mas só deu pra entrar o supra sumo, os dois imãs turísticos  Weimar e Eisenach. Até a capital, Erfurt, ficou de fora. 

Assim, a ideia é trazer pontos fora do circuito dentro do Estado, que apesar de não serem tão conhecidos assim, a não ser por turistas alemães, vale a pena dar uma conferida. Pra começar a série, um bom exemplo é a vinícola Bad Sulza, Sonnenberg, a 20 minutos de trem de Weimar. É a primeira construída no Estado, em 1992, com 43 hectares. Entendedores de vinho não torçam o nariz! Embora a bebida na Alemanha não goze da mesma fama de sua vizinha francesas, a vinícola aqui produz exclusivamente para o hotel Elephant, que abriga o único restaurante da região condecorado pelo guia Michelin. Duas vezes por ano, o sommelier da casa vai até Bad Sulza só para avaliar a produção.
Mais ou menos uma vez por mês, a família Clauß, que gerencia a produção, faz uma degustação. O passeio começa com um espumante de boas vindas, na verdade um Sekt, na versão alemã. Em seguida, os visitantes são conduzidos ao porão onde os vinhos estão envelhecendo em barris de carvalho. Andreas Clauß tira do barril um pouco de um vinho tinto de 2011 e já avisa que o sabor é bem diferente daquele já engarrafado. Até o momento, a degustação em si ainda não começou. Da adega, segue-se para a taberna de tijolinhos onde encontram-se mesas preparada para a finalidade. Mas antes de colocar o paladar para trabalhar, o jantar é servido. Queijos e Würste (embutidos da região) são degustados com o branco Castello di Auerstedt, da safra de 2011. Só então, de barriga cheia, é hora de começar.
A degustação é aberta com o clássico da Alemanha, um Muller-Thurgau, da safra de 2011. Um dos únicos disponíveis nos tempos da Alemanha Oriental. Daí seguem mais quatro ou cinco vinhos até o último Traminer Auslese. Os tinto não são estupendos, são mais claros, bem leves, mas dá para encarar. No fim, lógico, pode-se levar as garrafas para casa! Além da vinícola em Sonnenberg, há ainda mais três para visitar no Estado: Auerstedter Tamsel, Jenaer Grafenberg e Dornurger Schlossberg. Os brancos estão sempre no páreo! 



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