Estávamos aqui rindo com uma matéria
da Atrevida sobre a vergonha que as mães fazem os filhos passarem nas redes
sociais. Nem sabia que a revista ainda existia. Deve ter sido com certeza
reformulada, repaginada, reestruturada e modernizada para cair no gosto da
molecada de hoje em dia. Percebi isso ao me deparar com a tal sigla BFF. Acho
que estou deveras meio velha. Há quinze anos (ou mais, assumo) eu lia a mesma publicação e entendia tudo o
que se passava. E agora esse BFF. Do que será que eles estavam falando? Deve ser
“Best Fuck Friends”, pensei. Só pode. Mas para um público
de doze anos é bem moderninho, né? Consultei o pai dos burro do século XXI e lá
no Santo Google achei uma definição bem mais legal: Bunda Feia e Fedida! Pensei
em mandar uma mensagem no Face para a minha prima de onze anos para comunicar a
minha descoberta sobre esse universo, mas lembrei que, após umas notas baixas,
ela não pode mais circular pela rede. Pelo menos por enquanto.
Vamos lá. Meu castigo era não poder
mais sair na rua e brincar com os vizinhos. E o máximo da vergonha era a minha
mãe entrar na balada (quem sabe até de domingo à tarde) para me buscar e ver um
ou outro garotinho mais alcoolizado da turma, abraçando algumas garotas. Não me
proibiam de usar as redes, mas sim o telefone. Vai dizer que a sua avó nunca
colocou um cadeado no discador de girar do aparelho para você não estourar a
conta! O telefone tocava e a gente saia correndo achando que era para nós! Agora
mandamos mensagens pelo MSN, Facebook, Skype... Ai que saudade daquele
cadeadinho! Não tenho nada contra a rede, pelo contrário, a uso bastante. Mas achei
as dicas da revista para as tais BFF de como se comportar no Face engraçadas.
Veio a calhar com o livro da vez, o “Together Alone”, da Sherry Turkle, antropóloga
e professora do MIT. Quase escrevi “o livro na minha cabeceira” mas tenho que
assumir que eles está no IPad, na cabeceira, mas também no IPad. Mas isso é
assunto para um outro post.
Ah, só para constar. O BBF é o “Beste
Friend Forever”. Muito mais inocente do que imaginávamos.
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