sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sempre uma primeira vez!


Pra tudo na vida, como diz meu título aí em cima, existe uma primeira vez! Até semana passada, com quase trinta anos, eu nunca tinha colocado os pés (ou melhor, o traseiro) numa Business Class. E quem me conhece, sabe bem que eu não desembolsei nem um centavo por isso. Mesmo que eu tivesse a grana, não pagaria. Acho (desculpe os mais abastados) uma afetação. Ta bom! Com exceção daqueles que precisam realmente dormir no desconforto de um avião para trabalhar no dia seguinte ou que têm algum problema de tamanho ou saúde.
Eu gosto mesmo é de voar de Easy Jet, Ryanair, German Wings ou qualquer outra lata velha que voe. É mais emocionante. Pelo mesmo motivo também não gosto de andar de táxi durante as estadias. Pois então. Eu que sempre viajo ouvindo as rifas das raspadinhas promocionais da  Ryanair, com os olhos lacrimejando por causa do ambiente azul-amarelão, dando cotoveladas para conseguir um espaço no bagageiro da aeronave e com calça fusô e aquela belezura dos sapatos crocs para sobreviver ao aperto do ar, fui parar no conforto da Business.
Culpa do overbooking da Lufthansa que quase destruiu meu feriado da Páscoa. Vou pular a parte do chilique e do furdúncio na hora do embarque, afinal como a própria atendente disse “toda companhia vende mais passagens que a capacidade do avião”. É porque ela não voa de Easy Jet. Isso nunca me aconteceu nos teco- tecos. Apesar de bem contente com o pedido de desculpas da companhia, fiquei pasma ao ver o avião decolar com as tais cadeiras vazias na Business (aquelas destinadas ao nosso conforto, só para o apoio de casacos e bolsas) e gente lá no aeroporto esmolando por um assento. Momento jeca-tatu: eu nem sabia que na Business a poltrona do lado fica mesmo vazia, somente com uma etiqueta “para o seu conforto”.

 Quase chamei a aeromoça para dizer que eu não me importaria se alguém atrapalhasse o meu bem-estar ali do lado. Bom, depois que todos nós estávamos acomodados e a aeronave partiu, percebi que o meu lanchinho ia ser deveras mais incrementado. Para um vôo rápido de uma hora, salmão defumado com cream cheese, cuscuz marroquino com groselha seca, omelete com presunto parma e mousse de chocolate. Momento jeca-tatu 2: tudo de louça, porcelaninhas brancas. Nada daquela quentinha de alumínio com tampa de papelão que eles dão aos pobres mortais! E sem a retórica: “massa ou carne”? O melhor de tudo é ser o primeiro a desembarcar sem ter que ficar batendo a cabeça para resgatar a mala de mão.
Algo atípico aconteceu nessa viagem. Depois disso tudo, ainda fomos para o hotel de traslado. Calma. Antes que alguém atire a primeira pedra (afinal, eu sempre digo que translado é a maior queimação de filme), o hotel oferecia o serviço de graça e não há trens ou linhas de ônibus que liguem o centro ao aeroporto. E entre pegar uma carona gratuita ou pagar um táxi....
Voltei para casa de classe econômica. Nem as “quentinhas” serviram. Só um croissant frio, de queijo....Eu queria ter tirado uma foto das loucinhas brancas pra deixar aqui no post, mas não quis dar na cara que não estava habituada a tanto mimo!  Essa aí de cima não foi clicada com a nossa máquina.
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Obs.: dedico o post a um amigo do meu tio que chamaria isso de atitude proletária da juventude. Pena que não deu tempo dele ouvir isso para poder fazer piada!  


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